quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Produção de Baixo Custo no Maranhão na Tela

Fórum vai discutir como fazer filmes de baixo orçamento
“Produção de baixo custo: É possível fazer cinema sem dinheiro?”. Este tema abre o segundo dia da 2ª edição do Fórum de Produção Audiovisual, evento paralelo ao Maranhão na Tela 2008, que segue até o dia 05 no auditório da Associação Comercial, na praça Benedito Leite, Centro Histórico de São Luís. O evento é aberto ao público e vai contar com as presenças do cineasta independente Cristian Caselli, do Rio de Janeiro e do idealizador do portal “Curta o Curta”, pioneiro na exibição de filmes na internet brasileira.
Na mesa estarão presentes ainda Camila Andrade, coordenadora do projeto Filmes de Bolso e o produtor independente Nicolau Leitão. Logo em seguida, o público também vai poder saber como está “O Maranhão e a produção independente”, o segundo tema da tarde, com o jornalista e cineasta independente Mivan Gedeon, a gerente de Núcleo de Programas Especiais TV Brasil, o Superintendente de Ação e Difusão Cultural da Secretaria de Estado da Cultura, Josias Sobrinho e de Vicente Simão, da produtora Fabrika Vídeo.
Um dos intuitos do Fórum é a busca de resultados concretos para implantação de políticas públicas voltadas para esse setor no Estado.
Portal Curta o Curta – Desde 2000, o site carioca passa filmes alternativos de pessoas que não tinham onde exibir o que faziam, além de dar notícias quentes sobre mostras e editais. E através da sessão Jornal do Curta publica diariamente matérias relativas ao cenário de produção e difusão de curtas no Brasil.Hoje o Curta o Curta avançou e se tornou a única distribuidora nacional focada em curta-metragem. A profissionalização do portal atende a qualquer grau de interesse: através de um sistema exclusivo, produtores e exibidores podem fazer negócios variados que visam, sempre, dar mais visibilidade e credibilidade ao formato.O Curta o Curta também participa da promoção e da premiação de diversos festivais brasileiros e, desde 2004, realiza mensalmente o cineclube Curta o Curta, no bairro da Urca, Rio de Janeiro. E este ano, promove a sua primeira parceria com o MARANHÃO NA TELA, numa sessão que promete surpreender o público. Acesse o
site e saiba mais sobre a programação do Curta o Curta no Maranhão na Tela.
Confira também o post KZL por caselli e conheça um pouco do autor através de uma entrevista e um "auto-texto", confira a programação da mostra kzl filmes clicando aqui.
Zina Nicácio
Mais informações: 21 8895 0888 - Mavi, 98 8827 6620 - Zina, 98 8875 21 96 - Luana

Fórum iniciou seu primeiro dia discutindo a Capacitação

O evento faz parte da programação do Festival Maranhão na Tela 2008
Discutir a Capacitação em termos de audiovisual foi o foco principal da 1º mesa no primeiro dia do Fórum Maranhense de Produção Audiovisual. O evento ocorreu na tarde da última quarta-feira, 03, no auditório da Associação Comercial do maranhão, na Praça Benedito Leite, Centro Histórico de São Luís.
Com o tema “O Maranhão na Rota da Capacitação do Audiovisual”, participaram do debate a idealizadora do Maranhão na Tela, Mavi Simão, a assessora de Cultura do Serviço Social do Comércio (Sesc), Betânia Pinheiro, o gerente do Centro de Formação Profissional do Serviço Nacional do Comércio (Senac), Alexandre José da Silveira Júnior e o pró-reitor de Extensão da Universidade Virtual do Maranhão (Univima), Dario Soares.
O evento faz parte da programação do Festival Maranhão na Tela 2008 e contou com a participação de um público heterogêneo, como estudantes e profissionais da área de comunicação. A palestra de abertura ficou a cargo do superintendente do Maranhão Film Comission, Liviomar Macatrão. Trata-se de um departamento do São Luís Convention & Visitors Bureau que entre outras finalidades pretende divulgar as potencialidades do Estado e atrair a realização de projetos de audiovisuais para a região.
Além de um festival de exibição de filmes, o Maranhão na Tela também configura-se num espaço de capacitação e produção, uma vez que desde a 1ª edição traz para São Luís cursos e oficinas com o intuito de transformar, principalmente o jovem maranhense, como protagonista de sua própria história.
Já na 2ª mesa, o tema debatido foi “Cinema de Periferia: o papel do terceiro setor no desenvolvimento de ações de capacitação”, e contou com o professor da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), Marcos Ramusyo de Oliveira Brasil, com o coordenador do Departamento de Audiovisual da Central Única das Favelas (Cufa), Tiago Gomes, do direto da TV Morrinho (RJ), Fábio Gavião e do coordenador da Ong Formação, Fábio Cabral.
“No Maranhão há uma sede muito grande de querer fazer. A grande questão é como fazer. É preciso trabalhar com o tripé: formação, produção e difusão, e este é um dos diferenciais do Maranhão na Tela, não trabalhar só com a difusão, mas também com a formação”, esclareceu Tiago Gomes, que foi um dos professores da Oficina de Vídeo, ocorrida em outubro passado e que teve como resultado a mostra “Essa é minha cultura”, na qual 10 personalidades maranhenses revelam sua relação com o fazer cultural.
Três dias de discussão – O Fórum continua nesta quinta e sexta-feiras com os temas centrais Produção e Difusão respectivamente. O evento é aberto ao público.

Zina Nicácio

Política e Cultura presentes em Festival

Exibições tiveram início no Cine Praia Grande
O primeiro dia de exibição do festival Maranhão na Tela 2008 levou cerca de 100 pessoas para a platéia do Cine Praia Grande, no Centro de Criatividade Odylo Costa, filho na noite da última terça-feira (02). O longa “Meu nome é Dindi”, de Bruno Safadi abriu a temporada das exibições logo após o debate “Cultura e Política em 68”, que contou com as presenças de Manoel da Conceição, vítima da política brutal da ditadura, do filósofo e economista Manoel Ventura, do secretário adjunto da Secretaria de Estado da Cultura, Natan Máximo e do sociólogo e radialista Ricarte Almeida, que mediou o debate.
O debate serviu para fazer um resgate do período da ditadura e as conseqüências deste período para os dias atuais. A conversa, que tomou um tom informal, começou após a exibição do filme "15 filhos", de Marta Nehring.
Segundo Manoel da Conceição, que foi preso e torturado chegando a perder uma das pernas e decorrência do regime militar, o que ele sente é orgulho, por ter passado por tudo que passou para a sociedade brasileira pudesse respirar um ar democrático e que apesar de tudo, a luta deve continuar pela busca dos direitos dos menos favorecidos.
“Eu acho que este é um momento de reflexão para se pensar em como vamos continuar na busca por um modelo democrático que aceite a nossa cultura, para que possamos nos empoderar e sermos ativos nas mudanças sociais e tecnológicas”, resumiu.

O debate foi encerrado com um poema de Jether Joran, intitulado “1968 ou 3X0”, que faz uma relação entre a Copa do Mundo de 98 com período de 68, remetendo aos 30 anos da ditadura militar.
Logo em seguida, as cortinas do cinema foram abertas para a exibição de “Meu nome é Dindi”, que foi exibido concomitantemente no estacionamento da Praia Grande, através do Cine Estrada. E a sessão de cinema não parou por ai. Às 20h15 outro longa brindou os cinéfilos de carteirinha, “Alma suburbana”, de Hugo Labanca.


Zina Nicácio

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O Maranhão se vê nas telonas

Mavi Simão, à esquerda, diretora do projeto comanda a noite, Dona Roxa, `a direita, recebe entusiasmada os aplausos da platéia.
Evento iniciou na última segunda-feira
Em noite de estréia do projeto Maranhão na Tela 2008, os aplausos mais acalorados ficaram para as 10 personalidades homenageadas no mostra Essa é minha cultura. A platéia que lotou o Teatro Arthur Azevedo na noite da última segunda-feira (01) se emocionou com os depoimentos de mestres e artistas da cultura popular que abriram o coração e a boca para falar sobre sua seu modo de fazer arte. Dona Teté do Cacuriá, o sambista Antônio Vieira, Dona Roxa do Tambor de Crioula, Dona Malá, caixeira tradicional do Divino Espírito Santo que viajou de Alcântara especialmente para o evento, assim como outros artistas que incluem a saudosa Terezinha Jansen foram as personagens principais dos vídeos produzidos pelos alunos da Oficina que aconteceu em outubro passado através do projeto e que foram exibidos em primeira mão para os convidados da noite especial.
Mas não foi só isso. Os convidados puderam voltar ao tempo e assistir ao make off do Maranhão na Tela 2007, ou seja, a 1ª edição do festival que foi sensação no ano passado e que este ano traz uma mostra de pelo menos 100 curtas e nove longas, todos inéditos no estado. E quem não teve a oportunidade de assistir ao vídeo "O Ataque", produzido pelos alunos da oficina do ano passado, tiveram a oportunidade de ver o curta na telona montada no palco do Arthur Azevedo.
Apoio – A noite foi de festa também para os patrocinadores, representados pelo coordenador de Relações Institucionais da Vale, Carlos Jorge Taborda Macedo, pela Gerente Executiva do Sebrae MA, Glena Cardoso Lima e pelo secretário adjunto de Estado da Cultura, Natan Máximo, que num discurso caloroso relevou a sétima arte como uma ferramenta de difusão da cultura do Maranhão. "Possuímos uma diversidade cultural que acredito ser a maior do Brasil. Mas é muito difícil fazer com que essa cultura popular chegue a outras partes do país. Acho que o audiovisual é o grande caminho para fazer chegar essa nossa riqueza cultural a todos os cantos do planeta, algo que está mais fácil com a utilização dos novos recursos multimídias que facilitam não só a produção, como também a difusão", ressaltou.
E a festa continuou com um coquetel servido no bar do Teatro, numa espécie de grande confraternização, sinalizando que o evento com certeza, vai superar a número de público que alcançou no ano passado.
Debate – Muito mais que um festival de exibições de filmes, o Maranhão na Tela é um também um espaço de construção social e de reflexão acerca de eventos que marcaram o cenário cultural e social do estado. Pensando nisso faz parte da programação o debate
O ano de 1968 foi memorável. E recordá-lo é preciso, mesmo após quatro décadas, "Cultura e Política em 68", a partir da exibição do filme 15 filhos, de Marta Nehring. O evento acontece às 17h, desta terça-feira (02) no Cine Praia Grande.

Confira a programação no site: http://www.maranhaonatela.com.br/
Mais informações: 21 8895 0888 - Mavi, 98 8827 6620 - Zina, 98 8875 21 96 - Luana