sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Políticas públicas para o audiovisual no Maranhão
Mesa Redonda acontece durante o Laboratório Internacional de Mídias Livres, em são Luís
O Maranhão na Tela também está na programação do Laboratório Internacional de Mídias Livres, que acontece entre os dias 22, 23 e 24 deste mês em São Luís. Sua participação abrangerá os dias 23 e 24, através da Mesa Redonda "Câmara Setorial do Audiovisual no Maranhão" e do momento "Curta a Praça", no qual vai repetir a parceria com o Cine Estrada.
Vale lembrar que a criação de uma Câmara Setorial para a área do audiovisual no estado foi proposta durante o Fórum Maranhense de Produção Audiovisual, ocorrido entre os dias 03, 04 e 05 de dezembro passado na programação da segunda edição do Maranhão na Tela. Agora, durante o Laboratório Internacional de Mídias Livres, profissionais do audiovisual, estudantes e amantes da 7ª arte, assim como o público em geral estão convidados a participar da discussão acerca da criação de um órgão participativo na busca por políticas públicas voltadas para o audiovisual no estado. A mesa redonda será composta pelo secretário de Estado da Cultura, João Ribeiro, pela estudante de jornalismo da Ufma e produtora independente, Paola Botelho e pelo também produtor independente, Antônio Carlos Pinheiro e será mediado pela produtora e empresária, Luciana Fernandes Ferreira Simão. O evento está programado para as 16h desta sexta-feira (23) no Teatro João do Vale, na Praia Grande.
E como ninguém é de ferro, e cinema é algo que todo mundo gosta, o momento "Curta a Praça" traz mais uma vez para a Praia Grande a Mostra KZL Filmes, o longa "TV Morrinho - Deus Sabe tudo mas não é X", de Fabio Gavião e Markão Oliveira e para quem perdeu a mostra "Essa é minha cultura", esta vai ser a oportunidade de prestigiar o resultado do trabalho dos alunos da oficina de vídeo, promovida pelo Maranhão na Tela em outubro passado. Na mostra, personalidades da nossa cultura revelam seu amor pela arte. "Curta a Praça" acontecerá no estacionamento do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho às 18h desta sexta-feira e às 17 do sábado (24) e será aberto ao público.
Laboratório Internacional de Mídias Livres – Acontece entre os dias 22, 23 e 24 de janeiro e tem como objetivo reunir midialivristas, midiativistas, comunicadores populares, comunicólogos, artistas, produtores culturais, enfim, pessoas que acreditam na comunicação livre, no fim dos monopólios, na democratização ou socialização dos meios de comunicação, para discutir o tema mídias livres e produzir novos formatos através da experimentação e troca de idéias. O laboratório será também um espaço para formação de midiativistas que contribuam para a democratização dos meios de comunicação e a inclusão de novos difusores.
A criação do laboratório é uma iniciativa de jornalistas do Brasil e do mundo que estão a caminho de mais um Fórum Social Mundial, que será realizado de 27 de janeiro a 1º de fevereiro de 2009 em Belém (PA). A expectativa é que esta primeira experiência seja bem sucedida e que tenha como resultado a criação de um laboratório permanente de mídias livres no Maranhão.

(Texto: Zina Nicácio com informações da Assessoria de Comunicação do Laboratório de Mídias Livres)
-- Assessoria de Comunicação Maranhão na Tela

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Produção de Baixo Custo no Maranhão na Tela

Fórum vai discutir como fazer filmes de baixo orçamento
“Produção de baixo custo: É possível fazer cinema sem dinheiro?”. Este tema abre o segundo dia da 2ª edição do Fórum de Produção Audiovisual, evento paralelo ao Maranhão na Tela 2008, que segue até o dia 05 no auditório da Associação Comercial, na praça Benedito Leite, Centro Histórico de São Luís. O evento é aberto ao público e vai contar com as presenças do cineasta independente Cristian Caselli, do Rio de Janeiro e do idealizador do portal “Curta o Curta”, pioneiro na exibição de filmes na internet brasileira.
Na mesa estarão presentes ainda Camila Andrade, coordenadora do projeto Filmes de Bolso e o produtor independente Nicolau Leitão. Logo em seguida, o público também vai poder saber como está “O Maranhão e a produção independente”, o segundo tema da tarde, com o jornalista e cineasta independente Mivan Gedeon, a gerente de Núcleo de Programas Especiais TV Brasil, o Superintendente de Ação e Difusão Cultural da Secretaria de Estado da Cultura, Josias Sobrinho e de Vicente Simão, da produtora Fabrika Vídeo.
Um dos intuitos do Fórum é a busca de resultados concretos para implantação de políticas públicas voltadas para esse setor no Estado.
Portal Curta o Curta – Desde 2000, o site carioca passa filmes alternativos de pessoas que não tinham onde exibir o que faziam, além de dar notícias quentes sobre mostras e editais. E através da sessão Jornal do Curta publica diariamente matérias relativas ao cenário de produção e difusão de curtas no Brasil.Hoje o Curta o Curta avançou e se tornou a única distribuidora nacional focada em curta-metragem. A profissionalização do portal atende a qualquer grau de interesse: através de um sistema exclusivo, produtores e exibidores podem fazer negócios variados que visam, sempre, dar mais visibilidade e credibilidade ao formato.O Curta o Curta também participa da promoção e da premiação de diversos festivais brasileiros e, desde 2004, realiza mensalmente o cineclube Curta o Curta, no bairro da Urca, Rio de Janeiro. E este ano, promove a sua primeira parceria com o MARANHÃO NA TELA, numa sessão que promete surpreender o público. Acesse o
site e saiba mais sobre a programação do Curta o Curta no Maranhão na Tela.
Confira também o post KZL por caselli e conheça um pouco do autor através de uma entrevista e um "auto-texto", confira a programação da mostra kzl filmes clicando aqui.
Zina Nicácio
Mais informações: 21 8895 0888 - Mavi, 98 8827 6620 - Zina, 98 8875 21 96 - Luana

Fórum iniciou seu primeiro dia discutindo a Capacitação

O evento faz parte da programação do Festival Maranhão na Tela 2008
Discutir a Capacitação em termos de audiovisual foi o foco principal da 1º mesa no primeiro dia do Fórum Maranhense de Produção Audiovisual. O evento ocorreu na tarde da última quarta-feira, 03, no auditório da Associação Comercial do maranhão, na Praça Benedito Leite, Centro Histórico de São Luís.
Com o tema “O Maranhão na Rota da Capacitação do Audiovisual”, participaram do debate a idealizadora do Maranhão na Tela, Mavi Simão, a assessora de Cultura do Serviço Social do Comércio (Sesc), Betânia Pinheiro, o gerente do Centro de Formação Profissional do Serviço Nacional do Comércio (Senac), Alexandre José da Silveira Júnior e o pró-reitor de Extensão da Universidade Virtual do Maranhão (Univima), Dario Soares.
O evento faz parte da programação do Festival Maranhão na Tela 2008 e contou com a participação de um público heterogêneo, como estudantes e profissionais da área de comunicação. A palestra de abertura ficou a cargo do superintendente do Maranhão Film Comission, Liviomar Macatrão. Trata-se de um departamento do São Luís Convention & Visitors Bureau que entre outras finalidades pretende divulgar as potencialidades do Estado e atrair a realização de projetos de audiovisuais para a região.
Além de um festival de exibição de filmes, o Maranhão na Tela também configura-se num espaço de capacitação e produção, uma vez que desde a 1ª edição traz para São Luís cursos e oficinas com o intuito de transformar, principalmente o jovem maranhense, como protagonista de sua própria história.
Já na 2ª mesa, o tema debatido foi “Cinema de Periferia: o papel do terceiro setor no desenvolvimento de ações de capacitação”, e contou com o professor da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), Marcos Ramusyo de Oliveira Brasil, com o coordenador do Departamento de Audiovisual da Central Única das Favelas (Cufa), Tiago Gomes, do direto da TV Morrinho (RJ), Fábio Gavião e do coordenador da Ong Formação, Fábio Cabral.
“No Maranhão há uma sede muito grande de querer fazer. A grande questão é como fazer. É preciso trabalhar com o tripé: formação, produção e difusão, e este é um dos diferenciais do Maranhão na Tela, não trabalhar só com a difusão, mas também com a formação”, esclareceu Tiago Gomes, que foi um dos professores da Oficina de Vídeo, ocorrida em outubro passado e que teve como resultado a mostra “Essa é minha cultura”, na qual 10 personalidades maranhenses revelam sua relação com o fazer cultural.
Três dias de discussão – O Fórum continua nesta quinta e sexta-feiras com os temas centrais Produção e Difusão respectivamente. O evento é aberto ao público.

Zina Nicácio

Política e Cultura presentes em Festival

Exibições tiveram início no Cine Praia Grande
O primeiro dia de exibição do festival Maranhão na Tela 2008 levou cerca de 100 pessoas para a platéia do Cine Praia Grande, no Centro de Criatividade Odylo Costa, filho na noite da última terça-feira (02). O longa “Meu nome é Dindi”, de Bruno Safadi abriu a temporada das exibições logo após o debate “Cultura e Política em 68”, que contou com as presenças de Manoel da Conceição, vítima da política brutal da ditadura, do filósofo e economista Manoel Ventura, do secretário adjunto da Secretaria de Estado da Cultura, Natan Máximo e do sociólogo e radialista Ricarte Almeida, que mediou o debate.
O debate serviu para fazer um resgate do período da ditadura e as conseqüências deste período para os dias atuais. A conversa, que tomou um tom informal, começou após a exibição do filme "15 filhos", de Marta Nehring.
Segundo Manoel da Conceição, que foi preso e torturado chegando a perder uma das pernas e decorrência do regime militar, o que ele sente é orgulho, por ter passado por tudo que passou para a sociedade brasileira pudesse respirar um ar democrático e que apesar de tudo, a luta deve continuar pela busca dos direitos dos menos favorecidos.
“Eu acho que este é um momento de reflexão para se pensar em como vamos continuar na busca por um modelo democrático que aceite a nossa cultura, para que possamos nos empoderar e sermos ativos nas mudanças sociais e tecnológicas”, resumiu.

O debate foi encerrado com um poema de Jether Joran, intitulado “1968 ou 3X0”, que faz uma relação entre a Copa do Mundo de 98 com período de 68, remetendo aos 30 anos da ditadura militar.
Logo em seguida, as cortinas do cinema foram abertas para a exibição de “Meu nome é Dindi”, que foi exibido concomitantemente no estacionamento da Praia Grande, através do Cine Estrada. E a sessão de cinema não parou por ai. Às 20h15 outro longa brindou os cinéfilos de carteirinha, “Alma suburbana”, de Hugo Labanca.


Zina Nicácio

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O Maranhão se vê nas telonas

Mavi Simão, à esquerda, diretora do projeto comanda a noite, Dona Roxa, `a direita, recebe entusiasmada os aplausos da platéia.
Evento iniciou na última segunda-feira
Em noite de estréia do projeto Maranhão na Tela 2008, os aplausos mais acalorados ficaram para as 10 personalidades homenageadas no mostra Essa é minha cultura. A platéia que lotou o Teatro Arthur Azevedo na noite da última segunda-feira (01) se emocionou com os depoimentos de mestres e artistas da cultura popular que abriram o coração e a boca para falar sobre sua seu modo de fazer arte. Dona Teté do Cacuriá, o sambista Antônio Vieira, Dona Roxa do Tambor de Crioula, Dona Malá, caixeira tradicional do Divino Espírito Santo que viajou de Alcântara especialmente para o evento, assim como outros artistas que incluem a saudosa Terezinha Jansen foram as personagens principais dos vídeos produzidos pelos alunos da Oficina que aconteceu em outubro passado através do projeto e que foram exibidos em primeira mão para os convidados da noite especial.
Mas não foi só isso. Os convidados puderam voltar ao tempo e assistir ao make off do Maranhão na Tela 2007, ou seja, a 1ª edição do festival que foi sensação no ano passado e que este ano traz uma mostra de pelo menos 100 curtas e nove longas, todos inéditos no estado. E quem não teve a oportunidade de assistir ao vídeo "O Ataque", produzido pelos alunos da oficina do ano passado, tiveram a oportunidade de ver o curta na telona montada no palco do Arthur Azevedo.
Apoio – A noite foi de festa também para os patrocinadores, representados pelo coordenador de Relações Institucionais da Vale, Carlos Jorge Taborda Macedo, pela Gerente Executiva do Sebrae MA, Glena Cardoso Lima e pelo secretário adjunto de Estado da Cultura, Natan Máximo, que num discurso caloroso relevou a sétima arte como uma ferramenta de difusão da cultura do Maranhão. "Possuímos uma diversidade cultural que acredito ser a maior do Brasil. Mas é muito difícil fazer com que essa cultura popular chegue a outras partes do país. Acho que o audiovisual é o grande caminho para fazer chegar essa nossa riqueza cultural a todos os cantos do planeta, algo que está mais fácil com a utilização dos novos recursos multimídias que facilitam não só a produção, como também a difusão", ressaltou.
E a festa continuou com um coquetel servido no bar do Teatro, numa espécie de grande confraternização, sinalizando que o evento com certeza, vai superar a número de público que alcançou no ano passado.
Debate – Muito mais que um festival de exibições de filmes, o Maranhão na Tela é um também um espaço de construção social e de reflexão acerca de eventos que marcaram o cenário cultural e social do estado. Pensando nisso faz parte da programação o debate
O ano de 1968 foi memorável. E recordá-lo é preciso, mesmo após quatro décadas, "Cultura e Política em 68", a partir da exibição do filme 15 filhos, de Marta Nehring. O evento acontece às 17h, desta terça-feira (02) no Cine Praia Grande.

Confira a programação no site: http://www.maranhaonatela.com.br/
Mais informações: 21 8895 0888 - Mavi, 98 8827 6620 - Zina, 98 8875 21 96 - Luana

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

ESSA É A MINHA CULTURA

O Maranhão mostra a sua cara
A programação do festival Maranhão na Tela traz uma novidade para a edição de 2008. Trata-se da série Essa é a Minha Cultura, resultado da oficina de produção, realizada de 6 a 17 de outubro, com 31 jovens da Grande São Luís e municípios da baixada.
A oficina de produção contou com o patrocínio do SEBRAE e parceria com a CUFA, ONG Formação e Vale. Os alunos fizeram pré-produção, produção e pós-produção de 10 pequenos documentários sobre personagens da cultura maranhense. Os filmes serão exibidos na solenidade de abertura do festival, que acontecerá dia 1° de dezembro, no Teatro Arthur Azevedo e também abrirão os longas-metragens inéditos que irão ser exibidos na mostra de longas.
Cada documentário tem a duração de 2 minutos. Portanto, Serão vinte minutos de cenas que irão compor um mosaico de vidas das personagens e suas histórias, sempre contextualizadas no cenário cultural do estado do Maranhão.
os professores Tiago Gomes e Christian Caselli durante a oficina de produção
Dona Teté e o Cacuriá; Dona Roxa e o tambor de crioula; Dona Malá e a Festa do Divino Espírito Santo, em Alcântara; Mestre Abel, fazedor de careta de Cazumba; Urias de Oliveira, da companhia Tapete Criações Cênicas, Clã Nordestino e o hip-hop; Dona Teresinha Jansen Boi da Fé em Deus; Mestre Patinho e a capoeira; Mestre Antônio Vieira e sua música, além do reggae conceitual de Célia Sampaio. Agora é só conferir.

Confira a programação no site: http://www.maranhaonatela.com.br/

Mais informações: 21 8895 0888 - Mavi, 98 8827 6620 - Zina, 98 8875 21 96 - Luana

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Maranhão na Tela promove debate "Cultura e Política em 68"

O ano de 1968 foi memorável. Devido à importância dos seus acontecimentos, mesmo após quatro décadas, recordá-lo é preciso. Com esse intuito, na próxima terça-feira, dia 2 de dezembro, o Festival Maranhão na Tela traz à tona a relevância desse período com o debate "Cultura e Política em 68", a partir da exibição do filme "15 filhos", de Marta Nehring. O evento acontece às 17h, no Cine Praia Grande.
O mediador será o radialista e sociólogo Ricarte Almeida. Os debatedores serão João Ribeiro, Secretário de Estado da Cultura, o militante Manoel da Conceição, que foi preso e torturado durante o governo militar. O filósofo e economista Manoel Ventura também vai fazer parte da discussão. Manoel Ventura foi Presidente do Diretório Acadêmico da UFMA durante o período da ditadura militar, era acadêmico do curso de Filosofia. Em 1968 participou de toda a efervescência cultural e política, participando de passeatas e protestos. Foi preso pela ditadura militar e presenciou maus tratos em presos comuns.
Um dos pontos a serem debatidos será a luta travada pelos debatedores durante o período de exceção no país. "Minha perna é minha classe" é a frase de Manoel da Conceição, que remete à amputação de sua perna. Ele é fundador do primeiro sindicato de trabalhadores rurais do Maranhão. Depois da anistia, em 1979, Conceição voltou ao País, participou da reorganização da Ação Popular junto com Jair Ferreira de Sá, ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores (PT) e criou o Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural (CENTRU), em Recife (PE) e em Imperatriz (MA), onde vive até hoje lutando pelo socialismo e pela reforma agrária. "Mané não negociou sua perna, nem seus ideais, apesar de barbaramente torturado pelos agentes da ditadura militar então instalada no país, precisando da intervenção do Papa para poder sair do território brasileiro", relata o Secretário João Ribeiro, grande admirador das batalhas travadas por Manoel da Conceição durante sua vida.
Discussões, cinema e resgate da história, essa será a dinâmica do evento. "Eu acho que a história é importante para a humanidade. Quando você estuda o que ocorreu no passado, você comete menos erros na atualidade. A versão de um fato por meio de uma representação como o cinema para mim é fenomenal do ponto de vista da expressão artística de um povo", ressalta o filósofo e economista Manoel Ventura. O debate será um espaço não só de recordar os fatos, mas de analisá-los e contextualizá-los na atualidade. Essa será uma das atividades do Festival Maranhão na Tela, que acontece de 1 a 6 de dezembro em São Luís.
Mais informações: 21 8895 0888 - Mavi, 98 8827 6620 - Zina, 98 8875 21 96 - Luana